Fazendo uma busca rápida pela internet é possível encontrar diversos artigos, em português e em inglês, demonizando o uso do intensifier “very”. Os motivos são muitos: ele não agrega valor à mensagem, ele é considerado linguajar de preguiçoso, ele é raso em significado e por aí vai. Muito frequentemente, esses artigos citam figuras conhecidas como Mark Twain e Winston Churchill para embasar o argumento de que não devemos usar “very” para dar força a um adjetivo, mesmo que algumas dessas citações jamais tenham tido suas origens confirmadas. Entretanto, gramaticalmente falando, não há absolutamente nada de errado com ele.

 No site do Merriam-Webster, um dicionário de quase 200 anos de história, podemos encontrar um artigo que trata da demonização infundada do intensifier e dos motivos conhecidos para tal.

O fato é, os nativos são ensinados que o “very” empobrece a fala e o texto, por isso tendem a evitá-lo. Assim sendo, a forma mais comum de intensificar um adjetivo é pelo uso de extreme adjectives.

O que são extreme adjectives?

Extreme adjectives são adjetivos extremos, ou seja, eles já contam com a idéia de “muito” em suas definições, não sendo necessário (nem possível gramaticalmente) o uso de intensifiers como o “very”. Seria o equivalente a dizer em português que o dia está muito gelado ou que o dia está congelante. O “congelante” já carrega em si a ideia de “muito”, então não precisamos acrescentar mais nada para enfatizar a intensidade do frio.

Abaixo, separamos uma lista de extreme adjectives para você evitar o uso demasiado do “very” e soar mais natural (como os nativos):

Dica: agora que você aprendeu todas essas palavras novas, por que não praticá-las para não esquecer? Sites e Apps que utilizam ferramentas de repetição espaçada, como o Anki e o Quizlet por exemplo, são ótimos para isso!